sexta-feira, 21 de junho de 2013

Boa noite...

Hoje, vou pra cama sozinha. Assim como eu fui ontem, mesmo com alguém nos meus braços. Hoje a solidão é a mesma dos últimos dias, das últimas semanas.
Falta algo mais. Você me dando "boa noite", ou dando um jeito de me encontrar numa noite do final de semana. Falta a sua pele, suor e respiração. Você me faz falta.
Hoje eu vou pra cama sem saber se você ainda pensa em mim. Se você tem saudade de quem eu era quando ninguém nos observava. Sem saber se você tá feliz longe de mim.
Sabe, já doeu mais. Meu imediatismo adolescente tá diminuindo e eu sei que tudo vai se resolver. Mas esse vazio na minha cama, somado ao vazio no tempo, tempo que eu gastava te dando um "boa noite" e recebendo outro em troca e fazendo as últimas observações sobre o dia, além dos planos pro dia seguinte, me consome.
Apesar da minha calma, eu passo a maior parte do tempo pensando no que será da gente. Será que, apesar de tudo, as nossas promessas serão cumpridas? Será que eu vou estar lá pra ver o seu futuro se tornar presente? Será que nós temos um futuro?
Eu sei que esse tal de destino é um fanfarrão e já começa a me pregar uma peça, antes mesmo d'eu conseguir catar meus cacos pelo chão, mas será que entre as fanfarronices que ele nos prepara vão me ajudar a juntar meus pedaços? E será que depois de tudo isso a gente vai olhar pra tudo isso e rir? Eu tenho medo de não conseguir olhar pra a nossa história daqui a um tempo. Tenho medo de não conseguir nos enxergar mais.
Enfim, já tá ficando tarde e minha cama me espera. E ela tá lá, a minha solidão, há tanto conhecida. Amanhã, será outro dia e eu não serei a mesma que sou nesse exato momento. Amanhã eu volto pra rotina e te darei pelo menos um "bom dia", pra que você lembre que o meu dia só começa quando você me responde.

Boa noite...

Até...

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