domingo, 18 de dezembro de 2011

Certa incerteza...

Falta do que dizer, falta do que fazer em relação à qualquer coisa.
É aquele tal beco sem saída do qual tantos me falaram.
A falta de norte, de novidades, de inspiração e esperança...
A falta de um novo alguém, de uma nova forma de sentir e expressar isso.
Tudo é velho, e não-substituído por pura preguiça.
Tudo apodrece e cai aqui, bem à minha frente.
E eu apenas passo, sem ver o novo fruto que nasce.
Tudo é vazio.
E o vazio não me acrescenta nada...
Só a sensação de que eu não tenho e não sou nada.
Mas ao menos no vazio eu sou livre.
Não sofro, pois o motivo não existe.
Não existe o sentir, o pesar...
Não há espaço para o arrependimento, o remorso que tantas vezes me corroeu.

Os novos horizontes estão aí...batendo à nossa porta...
mas...sei lá...não vejo nada de novo no meu horizonte.
Espero que eu seja a única a sentir desse jeito...


quarta-feira, 15 de junho de 2011

atualizações... [2]

Não tô mais fechada pra balanço!
Cansei de me privar das coisas.
Vou investir em mim e no que puder contribuir pra minha felicidade.
Amigos...
festas...
sorrisos...
e quem sabe...um novo amor.
Quem sabe meu coração começa a sair do estado de petrificação no qual se encontra.
É...
enfim...acho que dá pra começar a trilhar um bom caminho...

Até...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vagando...

Eu vago.
Pairo sobre as pedras que se põem em meu caminho.
Vago sobre o que há e o que eu imagino haver em direção a um rumo.
Dou a mão e guio...
não sou mais guiada pelas incertezas e preocupações.
Enquanto nada torna-se concreto...
eu vago para me recompor.
Não há nada ou ninguém que me faça parar...
não há como parar.
Me obrigaram (me obriguei) a isso.
Agora as engrenagens da minha vida começam a girar e movimentam muito mais coisas que a si próprias.
Movimentam um mundo de coisas.
E me levam aonde eu tenho que ir.
Sabe-se lá onde é...
mas sei que...
enquanto não sei...
eu continuo vagando...

domingo, 13 de março de 2011

A Noite [Fim de jornada]...




era, sei lá, o fim.
Todo mundo se acabando, bebendo, dançando...
curtindo os últimos momentos como parceiros d instituição.
A felicidade estampada nos rostos era muito mais visível que o normal...
e as pessoas carregavam em si a esperança de que seria uma ótima noite.
Pra mim, tinha um gosto especial: o de crescer.
Encerrar minha estadia e começar uma vida nova.
Mas o mais importante é que parte daquilo tudo que estava presente segue comigo pro resto da minha vida.
Aprendi muito, fiz muitos amigos, formei uma personalidade, alguém por quem sofrer, e isso, é meu, e não vai deixar de ser.
Curti, bebi, fiz de mim alguém que não se preocupava.
Era minha noite, assim como a de quase todos que ali se encontravam.
Mas, não sei se é egoísmo, mas pra mim era diferente.
Tanto que no final, eu chorei.
Chorei por medo.
Medo do que está por vir.
Um futuro desconhecido com uma rotina desconhecida, tá batendo à minha porta e eu sei lá como lidar.
Se eu pudesse, eu voltava no tempo.
Mas não dá né?!
Além de toda a emoção do momento, ainda tive que me segurar.
Ver a pessoa que eu amo com a pessoa que ela escolheu.
Resisti e fui até meu limite.
Era meu baile de formatura, eu não podia ter medo.
No final, deu tudo certo.
Saí inteira da festa...
ou pelo menos...
quase inteira.

Eu posso ter virado agora uma Aluna Veterana do Colégio Pedro II, mas mesmo que eu saia de lá, o CPII nunca vai sair de mim...

Até...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meu último sábado...

no caminho meu coração já queria saltar pela boca.
Eu estava indo pro meu lugar preferido na face da Terra.
O lugar ao qual já não pertenço efetivamente.
Novas rostos frequentam o que antes era meu.
Novas histórias vão surgir...e eu não presenciarei.
Mas antes que isso começasse a doer realmente, algo mais intenso surgiu.
Ela.
Aquela que já foi [por pouco tempo, mas já foi] motivo de sorrisos, entrou no meu campo de visão.
A mais bonita...
aquela cuja beleza tem um toque de intocável.
Mas sim, eu já toquei.
Agora as coisas mudaram.
Ela é de outro mundo, aonde eu não posso ir.
Outra pessoa a acompanha nessa jornada.
E eu odeio isso!
Sim, meu amor virou ódio.
Mesmo que eu ainda espere, e sonhe...
é ódio.
Ódio de mim, dela e dele também.
Me odeio por ter feito promessas a mim mesma, sabendo que não daria em nada.
A odeio por ter feito o que fez comigo, mesmo sabendo que me magoaria.
O odeio por ser a pessoa que agora sorri ao lado dela.
Mas da mesma maneira que meu amor virou ódio, pode retornar ao seu estado inicial.
Onde é o que de mais puro eu posso sentir por alguém.
Porque, independente das mutações, é amor.
Eu a amo....



Até...

nós 3...





a vida tá girando.
Depois de tantas pedras no caminho, dá pra se ver o resultado: uma ausência involuntária, uma negligência, uma sombra que corrói laços antes inquebráveis, um inocente e duas abandonadas.
Agora, jogadas ao destino pouco definível, somos duas.
Duas que, mais do que nunca, somos uma.
Duas partes de um todo.
Mais do que nunca, há de haver confiança e apoio.
Não há mais espaço para desconfianças e decepções.
Somos irmãs.
Almas gêmeas.
Erramos...compreendemos e perdoamos.
Julgamentos são desnecessários e nocivos.
Em pouco tempo, se Deus quiser, seremos uma família de novo.
Eu, ela e ele.
Três!
Nos aturaremos e seremos felizes.
Porque antes de tudo, o que nos fará seguir, é a força de sermos inseparáveis.





quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu...pessoas...e meu coração de pedra...


talvez meu ano não tenha começado do jeito que eu queria.
Minhas resoluções, se funcionarem, vão me satisfazer, mas apenas em parte.
Sabe aquele sonho adolescente do amor perfeito, eterno, coisa e tal?!
Não, esse não tá mais valendo pra mim.
Não que seja difícil arranjar pessoas que gostem de mim e que queiram por algum motivo ficar ao meu lado [vai entender esse povo, né?!]...
mas é que...
seu permitir isso, eu vou estar mentindo. Pra alguém e pra mim, de alguma maneira.
A pessoa que me completa [pelo menos a pessoa que eu acredito que faça isso...] tá longe de querer isso. Não quer assumir esse cargo na minha vida.
E...eu não concordo em usar pessoas pra não me sentir vazia.
Até porque, eu posso estar cercada por uma multidão que, mesmo assim, estarei sozinha [meio clichê, mas faz sentido. Há quem entenda...].
Alguém já reclamou comigo por causa dos rumo que minha vida tá tomando.
O fato de eu ter mudado...
O fato de estar mais fria.
Mas, sinto muito, a culpa não é minha.
Não fui eu quem petrificou meu coração, e nem ele fez isso por mal, mas sim pra se proteger do que vai surgir na minha vida daqui pra frente.
Tomou muita porrada, o pobre coitado.
Nem teve tempo de se recuperar direito.
São várias as pessoas a quem eu possa responsabilizar: meu pai, minha mãe [não ousem me perguntar o "por que"...ok?!], os pais de uma pessoa que me fazia respirar, uma outra pessoa que me fez querer viver e logo depois me deu a corda pra que eu me enforcasse...
mas não, eu não vou me enforcar!
Sou muito nova pra perder o que a vida tem a me oferecer!
Só que, por enquanto, meu coração vai estar que nem uma pedra dentro do meu peito, esperando a hora de despertar de novo...

Até...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Egoísmo

hoje é mais um daqueles dias em que meu coração bate bem fraquinho pra não atrapalhar meus pensamentos.
Em dias como esse eu costumo ouvir músicas de fossa...
ter idéias estranhas...
e ter uma vontade absurda de chorar.
Mas hoje, por alguma razão, não.
Eu estou no vazio.
Vazio deixado pela possível felicidade atual de alguém que dizia que sem mim não seria feliz.
Vazio por achar que aquilo tudo era simplesmente passageiro.
Talvez seja também porque eu tô me sentindo egoísta nesse momento.
Eu já vivi outras coisas depois que esse alguém foi arrastado pra longe de mim, mas tudo é muito vazio.
Eu amo outra pessoa agora, mas sinceramente, não sei se é real ou é uma tentativa desesperada de sair desse abismo.
Se bem que sair de um buraco e entrar em outro é uma estratégia um tanto absurda, né?!
Estranhamente, depois de um ano com algumas certezas [que caíram por terra, mas eram certas quando eu as tinha]...esse ano está sendo bem difícil. Tô cercada de dúvidas!
Mais do que nunca eu me defino como um grande ponto de interrogação, e isso me incomoda muito.
E, enfim, parece que tudo que mexe comigo veio me dar "oi" hoje.
Inclusive minha face egoísta, que eu escondo, beeeeeeeeeeeem excluída da minha personalidade.
É, vou tentar fazê-la dormir de novo, porque eu não preciso dela acordada.
Em breve eu vou voltar a torcer apenas pra que tudo corra bem, e que as pessoas que fizeram parte da minha vida e a quem eu vou amar eternamente, sejam felizes...

Até...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lapsos...

Ela olhava tudo ao seu redor.
Via uma vida inteira vazia, cheia de buracos que o tempo [ou a falta dele] a impedia de tentar preencher.
Talvez ela não devesse nem tentar mesmo.
Percebeu que sua adolescência se passara sem que ela reparasse.
A vida havia sido cruel com sua adolescência!
Colocou obstáculos que nenhum de seus amigos havia ousado enfrentar.
Enfrentou tais obstáculos sem se deixar cair, ao contrário dos que estavam no mesmo barco que ela.
Lutou, gritou, deu a cara à tapa varias vezes.
Se anulou também [na maior parte do tempo] , a ponto de poucas pessoas perceberem a dor que ela sentia.
Sorria e brincava, não porque era o seu natural, mas porque era necessário.
Sua sanidade necessitava disso.
Os amores passavam, mas não aconteciam.
Ela não tinha tempo e nem ânimo pra lutar por eles.
Diz ainda hoje que seu coração está virando pedra.
Depois de anos, se permitiu.
Se permitiu e se magoou.
Na verdade, ela nem sabe ao certo qual a maior mágoa: se é a de quando não tentava e engolia seus sentimentos ou se foi por ter tentado e perdido.
Ela é uma falsa pessoa feliz.
É uma adolescente tardia e, por isso, se sente uma pessoa triste [ou até mesmo idiota].
Tenta viver o que a maioria das pessoas de sua idade vivera há quatro ou cinco anos atrás.
Mas, acredito, que ela esteja caindo em si.
Percebendo que o tempo não tem como ser recuperado.
Não totalmente.
Conseguiu viver, em um ano, o que deveria ter sido vivido em sua adolescência.
Mas os buracos em sua história, seu coração e sua alma permanecem...

Até...

Tédio

talvez seja isso: só uma fase.
E espero que essa fase passe rapidamente.
O tédio...
a solidão...
a falta de vontade...
só servem pra trazer o que tá guardado à tona.
E eu tenho muita coisa guardada...
muitos esqueletos que eu deixei no armário ao sair.
Essa fase de impotência e ineficiência é uma coisa pela qual eu tô passando e não estou tirando proveito algum.
É inútil...
assim como os meus esforços pra sair dela.
Eu preciso de movimento!!!
Mesmo o movimento que traz mágoas e chagas.
Eu tô farta de ver o mundo girando...
as pessoas crescendo e vivendo...
enquanto na minha vida...
nada move.

Até...