quinta-feira, 11 de abril de 2013

Oi, mãe...

É difícil escrever pra você sem saber o que vai responder. Ou a expressão que vai aparecer no seu rosto quando ler. Só quero que você saiba que as coisas vão bem, na medida do possível, e que nada mais é como antes. Algumas coisas caíram, em carreira, como peças de dominó, e outras surgiram e assumiram o lugar das antigas.
Eu ainda sou (mais ou menos) a mesma. Mais endurecida pelo tempo e pelos fatos, mas ainda sou aquela de vinte e três anos atrás. Os outros dois estão crescendo, apanhando da vida e virando gente. Mas a gente tem muito o que crescer ainda.
Minhas prioridades mudaram. Minha personalidade tá mais marcada. Minha pele tá mais marcada. Eu não sei se você viu, mas agora eu tenho tatuagens. E um piercing também, mas isso é fase e passa (acho!). Meu amigos mudaram (pelo menos, alguns) e nada do que eu tenho feito é igual. Mesmo assim, não me vejo tão diferente da pessoa que você imaginava que eu seria.
Eu sou uma boa pessoa, mãe. Sou uma pessoa que tem orgulho do caminho que tem trilhado, e que espera poder te deixar orgulhosa também.
Quantos aos dois, eu cuido deles, ok?! Já fiz isso outras vezes, e sei que aguento. Eu tenho orgulho deles também. Mesmo quando erram, porque esse é momento disso mesmo.
Enfim, tô com saudade. Guarda todos os abraços que não aconteceram e que não não acontecer por enquanto, e me dá todos juntos quando a gente se encontrar? E...espera? Me espera? Espera que eu tô indo. Vou demorar um pouco pra chegar, mas a gente vai se encontrar. Só deixa eu deixar rastro aqui por essas bandas. Deixa eu fazer por alguém o que você fez por mim. Deixa eu ter quem vá sentir saudade quando eu for te encontrar. Aí, além do abraço, quero tua risada e tua voz cantando pra mim.
É, ainda falta um tanto pra isso, mas aguenta, porque vai valer a pena.

Beijos,
Mariana.

Até...



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