quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

De joelhos


Enquanto aguardava uma resposta, várias possibilidade passavam pela sua cabeça. "Será que eu sou o cara certo?", "Será que eu não tô sendo um tanto precipitado?", "POR QUE TANTA DEMORA?".

Passados alguns minutos de um silêncio assustador, seu medo e insegurança começaram a apresentar voz em seus pensamentos, fazendo parecer que tudo aquilo era um grande erro. Não que ele se arrependesse do que acabara de fazer, mas o medo de quebrar a cara era enorme.
Começou, então, a passar um filme em sua cabeça. Uma espécie de revisão da sua vida a partir de um certo momento. Reviu o primeiro encontro, o primeiro charme trocado, as pequenas indiretas. O primeiro beijo, aquele do qual tem uma imensa saudade, mesmo sabendo que houveram muitos outros, muito melhores depois. A primeira noite juntos, a primeira discussão de leve, e a séria também. As primeiras pazes, e o prazer de fazer as pazes. Aquela crise de ciúme besta e exagerada, só porque ela descobriu que o nome e o número daquela menina na sua lista de telefone é de alguém com quem ele teve um romance há uns poucos anos atrás. As primeiras diferenças de gosto: ele gostava de um filme que ela achava violento demais, ela gostava de uma cantora da qual ele detestava o timbre da voz. Mas, na verdade, nada disso havia dado ,aos dois, motivos para achar que aqueles 4 anos e alguns meses tivessem sido um erro.

Quando percebeu isso, começou a permitir que o desespero se instalasse. Suas mãos suavam e só passava uma resposta para seus atuais questionamentos: "Ela não gosta de mim! Só está comigo por falta de opção melhor!".
Quando deu por si, já estava abaixando a cabeça e se preparando para ficar de pé de novo, pela possível decepção, e por sentir seus joelhos doerem.

Foi quando sentiu a mão gelada dela tocar e levantar seu queixo de novo. Olharam-se nos olhos e ela, abrindo um sorriso regado às lágrimas que rolavam por seu rosto, disse "SIM!". Uma simples palavra, seguida de um beijo cheio de amor e felicidade, e logo tudo estava em paz de novo. O alívio tomou conta de sua cabeça quando percebeu que todas aquelas dúvidas e a negatividade começavam a dissolver e desaparecer. E agora ele sabia, tinha certeza de que tudo o que os dois viveram até aquele exato momento, tinha, sim, valido a pena.

.

2 comentários:

  1. "Olhe", disse ela, colocando a mão ao lado do rosto. "Como é lindo! Não consigo parar de olhar"
    -Combina com seus olhos, ele murmurou - Realmente combinava. O castanho dos olhos dela contrastavam com o dourado do pequeno anel. Era simples, mas é o que ele pôde dar.
    A felicidade transbordava pelos olhos dos dois. Toda a vontade que tinham de ficar perto, de ser perto. A proximidade, o carinho, a vontade de acordar todos os dias pra ver o outro dormir. O romance está nos pequenos detalhes, no cotidiano. A disposição de construir tudo juntos.
    Ele a queria. Por perto, certo, sempre. Necessidade. Ele a amava. E ela também. Os olhos. afinal, nunca mentem.

    ResponderExcluir
  2. mt bom!
    Um dia a gnt escreve um texto em dupla...já é?!
    rsrsrs

    ResponderExcluir